Gosto do jeito que você sorri,
do cabelo solto, levemente ondulado,
do modo como seus olhos se fecham
quando o riso vem — quase inesperado.

Gosto do seu jeito de andar,
do brilho que acende no seu olhar
quando ele encontra o meu,
do passo que se perde ao sentir minha atenção.

Gosto de ver sua dedicação incansável,
como molda o mundo para que seja exato,
como minha voz se desfaz,
desajeitada, só por estar ao seu lado.

Pretendo cultivar o hábito de te oferecer livros,
te esperar na janela,
recitar páginas e páginas,
te dar vivências que jamais tenha sentido.

Talvez não seja possível te amar,
ou talvez não seja possível te ter,
mas queria ouvir tua voz
ecoando pela casa inteira,
até o último verso do meu último poema escrito.

@pdroamancio

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