Enquanto, na cadeira do bar,
A conversa contigo rolava,
E, entre um gole e outro,
Tinha coisas que eu te contava.

Falava de uma saudade antiga, 
De como eu adorava esperá-la na parada, 
Do jeito que ela vinha — 
Angelical, sorridente, encantada.

Caminhava meio sem graça, 
Enquanto eu a consumia com os olhos, lentamente… 
Ela pulava e me abraçava, 
Calava sua boca na minha, de saudade.

Adorava o jeito que ela me olhava: 
Profundo, sereno — me encantava. 
Até o modo como mexia o cabelo 
Me fascinava, mesmo sem querer, mesmo sem jeito.

Era uma saudade que às vezes batia, 
Mas depois… passava.

Pena que você não percebeu: 
Quando falei de saudade, 
Eu falava de você.

@pdroamancio

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